Descrição da Freguesia de Vila Franca do Deão


Armas - Escudo de prata, bordão de peregrino de azul, posto em pala, sustendo cabaça de vermelho, atada do mesmo, entre dois pés de batateira de verde, com tubérculos de vermelho; movente da campanha, monte de dois cômoros de verde. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “ VILA FRANCA DO DEÃO “.


1758 - MEMÓRIAS PAROQUIAIS


1886 -PORTUGAL, ANTIGO E MODERNO

Freguezia do concelho, comarca, districto e diocese da Guarda na província da Beira Baixa.

Vigairaria.

Fogos 126, almas 461,

Orago S. Thiago Maior.

Em 1708 contava 120 fogos e era da apresentação do chantre da sé da Guarda. Em 1768, segundo se lê no Portugal Sacro e Profano, contava 94 fogos—era da mesma apresentação—e rendia 12$000 réis para o pobre vigário, além do pé d'altar.

O Flaviense em 1852 deu-lhe apenas 83 fogos.

O logar de Villa Franca do Deão está na encosta de uma pequena serra, 5 kilometros a O. da margem esquerda da ribeira de Massueime. Comprehende mais a povoação de Trajinha —e as quintas de Almas, Picota e Migueis.

Freguezias limitrophes—ao nascente Codeceiro e Avelans da Ribeira,—ao poente Vellosa,—ao norte Alverca—e ao sul Rocamonde e Avelans d'Ambom.

Dista da Guarda 18 kilometros para N. 1 —22 de Trancoso para S. E.—6 da estação de Pinhel na linha da Beira Alta—e 13 de Villa Franca das Naves para S. pela mesma linha férrea.

Esta freguezia de Villa Franca do Deão, não se vê no mappa do conselheiro Folque mas somente Villa Franca das Naves, também ao norte da Guarda, porem mais distante alguns kilometros. Não se confunda, pois, uma com a outra.

Os seus templos reduzem-se á egreja matriz, bem conservada, mas sem coisa alguma notável, —e ha uma capella de S. Sebastião, muito simples e em mau estado.

Tem 3 moinhos na ribeira de Massueime, confluente do Côa.

Fazem-se os enterramentos no adro da egreja matriz, por falta de cemitério.

Ha n'esta parochia uma escola official de instrucção primaria elementar, mixta.

O seu clima é frio, mas salubre—e as suas producções dominantes são batatas e centeio.

Ao meu bom amigo e collega, o rev. José Abrantes Martins da Cunha, illustrado redactor do Districto da Guarda, agradeço os apontamentos que se dignou enviar-me.


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