Cronologia

Séc. 06 - séc. 07 - reconstrução no condado de D. Henrique ou no reinado de D. Afonso Henriques;

 

séc. 11 - Templo pagão, depois cristianizado e relacionado com os caminhos de peregrinação para Compostela 

 

séc. 12 - construção de raiz 

 

séc. 13 - feitura do arco triunfal e rosáceas; alterações no reinado de D. Pedro I;

 

16/07/1260 - No documento que divide as paróquias entre o bispado da Guarda e o Cabido da Egitânea, a igreja surge como pertencendo ao Bispado.

 

séc. 13 - 14 - existência de duas "emparedadas" e uma albergaria;

 

1299 - Fernão Gil deixa dinheiro à emparedada do Mileu, por testamento;

 

séc. 16 - alterações no Bispado de Pedro Vaz Gavião; pertence ao Padroado Real, apoderado e restituído pelo Bispo Mestre Vicente

 

1574 - a igreja pertence ao padroado real e integra o território da Diocese da Guarda;

 

séc. 17 - substituição da cobertura ; padroado dado a Diogo Gomes de Figueiredo, que o terá legado a Claudio Romanete, químico estrangeiro; provável colocação da sineira na empena;

 

séc. 18, início - Frei Agostinho de Santa Maria descreve a Igreja do Mileu como sendo uma das mais antigas da zona, sendo possível que surgisse sobre um templo romano; refere uma imagem antiga, de madeira, com dois palmos de altura, que, por vezes recebia roupagem;

 

séc. 18 - execução de uma imagem de roca, com olhos de vidro;

 

séc. 18, 2.ª metade - execução do retábulo colateral;

 

séc. 19 - abertura de janelas na nave e capela-mor, reparação do telhado e provável colocação do altar-mor e púlpito em talha, construção do coro-alto;

 

1941 - o Governo Civil da Guarda alerta para o estado arruinado da capela;

 

30 /09/1941 - pede-se a organização da proposta de classificação do imóvel;

 

1946 - a Câmara Municipal solicita a classificação do imóvel como Monumento Nacional;

 

1949 - a capela encontra-se caiada, mas quase a ruir, com a fachada S. escorada, por ordem dos Serviços de Urbanização do Distrito da Guarda, procedendo-se, de imediato, a um orçamento para a sua reconstrução, que só se viria a concretizar-se em 1953;

 

1952 - durante as obras de ligação do centro da cidade à estação, são descobertos vestígios arqueológicos junto à capela;

 

06/1952 - escavações no local, levadas a cabo pelo Major Luciano Cardoso;

 

1953 - obra da DGEMN que envolve a deslocação do púlpito para junto do arco triunfal; feitura de tocheiros em ferro para colocar no altar-mor, a executar em cantaria; equaciona-se a hipótese de construir uma sacristia adossada à capela-mor, com a remoção do cemitério, ideia reiterada em 1959; Adriano Vasco Rodrigues descobre que o puxador do portal principal é um bracelete de bronze pré-histórico, fazendo-o remover para o Museu;

 

17/06/1952 - pede-se à Câmara Municipal informações sobre o arranjo da estrada junto ao imóvel, para considerar o futuro arranjo do adro;

 

1957 - intervenções de restauro da DGEMN, adjudicadas ao empreiteiro Saúl de Oliveira Esteves;

 

11/05/1954 - pede-se a transferência para o Museu da Guarda do torso romano, achado durante as obras nos paramentos da capela; achou-se também uma escultura romana, transformada num São Sebastião;

 

19/05/1954 - a DGEMN concorda com a transferência;

 

1955 - verifica-se a necessidade de vedar o espaço das ruínas;

 

1957 - construção de um novo cemitério, para não se procederem a enterramentos no que ficava anexo à capela;

 

06/06/1958 - a Direção-Geral do Ensino Superior e das Belas-Artes exige que a Confraria da Capela do Mileu demolisse o edifício que construiu adossado à residência do sacristão e que removesse os objetos colocados no interior da capela (mesas, andores, cadeiras);

 

1959 - Bairrão Oleiro pronuncia-se, a pedido do arquiteto Amoroso Lopes, sobre as ruínas, considerando que estas deveriam ser protegidas por um muro do tipo utilizado em Conímbriga, mas que não escavassem mais sem uma visita dele ao local;

 

1975 - a Secretaria de Estado da Cultura informa que o cruzeiro se encontra em péssimo estado de conservação;

 

1979 - denunciada a construção de casas dentro do perímetro da Zona de Proteção, licenciadas pela Câmara, em terrenos vendidos pela mesma, projeto que teria sido rejeitado, no ano anterior, pela Secretaria de Estado da Cultura; perante as pressões, as obras foram embargadas pela Câmara;

 

1980 - a Câmara embarga a obra do telhado, tendo a capela ficado destelhada vários anos, alegando que não fora consultada relativamente ao projeto, arrastando-se a contenda, com pareceres jurídicos sobre a legitimidade da Câmara;

 

2006 - o projeto de recuperação da capela foi, provisoriamente, abandonado por falta de verba.

  

04/06/2022 - o Município da Guarda inaugura as obras de “Requalificação do Conjunto Histórico da Póvoa do Mileu”

 

Direcção Geral do Património Cultural


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