Armas - Escudo de ouro, com uma estrela de azul e um cutelo e um punhal, ambos de vermelho, empunhados de negro e postos em pala, tudo alinhado em roquete; campanha de cinco tiras ondadas de azul e prata. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “ PORTO DA CARNE “.

in "Portugal Antigo e Moderno", Vol VII - 1876

Pinho Leal

• Freguezia
• Beira Baixa
• Concelho, comarca, districto administrativo e bispado da Guarda, d'onde dista 8 kilometros (ao N.) 
• 300 km. a E. de Lisboa,
• 70 fogos. 
• Orago, S. Pedro, apostolo. 
• Fica nas margens do Mondego. 
• Um medonho temporal, e uma desastrosa cheia, nos dias 12 e 13 de novembro de 1876, causou immensos prejuízos em quasi todas as terras planas banhadas pelo Mondego, que ficaram inundadas e em grande parte arrazadas. Os olivaes ficaram quasi totalmente destruídos; os moinhos e casas das duas margens, foram arrastadas, pela impetuosidade da corrente. Nunca as aguas d'este rio chegaram, que conste, a um ponto tão elevado. Os engenhos de tirar agua, ainda os mais sólidamente construídos, tiveram a mesma sorte das casas e moinhos. Morreu muito gado afogado, e bastante gente. Só em um moinho, perto da Guarda, morreram sete pessoas. O carro do correio, deixou de funccionar, entre a Guarda e Mangualde, por não poder passar a ponte do Porto da Carne. Os postes da linha telegraphica, soffreram uma completa derrota. Se a inundação dura mais algum dia, ficariam totalmente destruídas muitas povoações.